O vereador Tião da Solange levou duas demandas importantes à pauta da Câmara Municipal de São Sebastião durante a sessão desta terça-feira (2). Por meio do Requerimento nº 305/2025, aprovado por unanimidade, o parlamentar solicitou informações ao Executivo sobre a retomada da linha de ônibus Cascalho–Centro, no bairro Boiçucanga. Além disso, apresentou requerimento verbal cobrando prazo para a implantação do Centro de Atendimento para Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na Costa Sul e Costa Norte do município.

Na discussão sobre transporte público, Tião destacou as dificuldades enfrentadas pela população de Boiçucanga com a retirada da linha direta. “O pessoal de Boiçucanga tem me procurado. Eles pegam o ônibus lá no Cascalho, às vezes o ônibus não encontra com o outro, ficam um tempão esperando, além de pagar por duas passagens”, afirmou. O vereador defendeu que a prefeitura negocie com a empresa responsável pelo transporte coletivo: “Antes tinha essa linha Cascalho–Centro, ajudava a população. A Sol tinha um movimento maior e eu acho que se a gente paga para a empresa, se a cidade investe, a gente tem que trazer essa comodidade pro munícipe.”

Ele também mencionou o impacto financeiro do contrato municipal com a concessionária. “O subsídio é gigantesco, então eu acho que dá para gastar para trazer conforto para a população”, declarou, ao reforçar a necessidade de garantir mais acessibilidade e economia para os moradores.

Na mesma sessão, Tião apresentou um requerimento verbal voltado à causa autista, tema que mobilizou mães presentes no plenário. “Sou um vereador que fiz diversos requerimentos da causa autista. Perguntei do Centro TEA, a resposta para mim foi inconclusiva, e hoje em conversa com a secretária de Saúde, ela falou que está bem avançado, assim como o vereador Renato já havia antecipado aqui. Está bem avançado para acontecer o centro de especialidade do autista ali na Costa Sul”, disse.

O parlamentar cobrou prazos concretos para a execução. “Só que nós queremos uma data. As mães precisam de uma data. Como dizem alguns cartazes aqui, já está atrasado. Eles não estão pedindo favor”, afirmou. Tião ainda lembrou sua experiência pessoal: “Eu também sou pai atípico, minha filha tem um plano de saúde. Eu pago R$ 200 no plano da minha filha. Enquanto não tiver o Centro de Especialidade do Autista, a cidade poderia fornecer um plano de saúde para vocês.”

O requerimento verbal também foi aprovado por unanimidade. Os vereadores reforçaram o compromisso da Casa em fiscalizar e dar voz às famílias, reconhecendo que a execução depende do Executivo. 

Foto: Luciano Vieira | CMSS