A obra de restauro da sede política da Câmara de São Sebastião será concluída no dia 28 de dezembro. Na ocasião, haverá uma cerimônia simbólica, às 10h, com a presença de representantes dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

Atendendo o Decreto Municipal 7993/ 2020, que recomenda o distanciamento social em razão da pandemia do COVID- 19, o evento não será aberto ao público.

O imóvel restaurado é do século XVIII e foi adquirido pelo ex- presidente da Câmara, Sebastião Silvestre Neves, em julho de 1921, por Rs 3:500$000 (Três contos e quinhentos mil réis).

Desde então, o imóvel já passou por muitas reformas ao longo de sua existência, com objetivo de adaptar as instalações construídas originalmente para abrigar uma moradia em locais de trabalho e atendimento ao público.

O atual projeto de restauro foi desenvolvido pelo Departamento de Urbanismo da Prefeitura, em 2017, e aprovado pelo Condephaat, em 2018. As autoras do projeto foram as arquitetas Isabela Galvez e Fernanda Palumbo.

O restauro recuperou argamassas, rebocos e sanou infiltrações de cobertura, além disso, ampliou o espaço do plenário. "A maior preocupação era manter o plenário no prédio, afinal estamos no coração do centro histórico", explica a arquiteta Fernanda Palumbo.

Durante a obra, o pátio interno foi remodelado para ficar mais espaçoso e passar a ser uma área de convivência. As cores da fachada do prédio foram prospectadas em 2001 e o amarelo predominante será mantido. No passado, a cor amarela era produzida com a mistura do óxido de ferro com cal.

Já o letreiro que identifica o prédio, instalado na década de 80, passará a ser na cor verde. "A partir do século 19, as cores dos prédios públicos eram amarela e verde, seguindo os tons predominantes no brasão imperial", explica a arquiteta.

Obra - A obra de restauro da sede política da Câmara de São Sebastião foi iniciada no dia 03 de agosto.

Com problemas elétricos, infiltrações no telhado e diversos pontos de umidade e manchas nas paredes causadas por fungos, o mau estado de conservação do prédio havia sido alvo de apontamento do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

A licitação da obra foi feita na modalidade tomada de preço e contou com a participação de 8 empresas. A empresa vencedora foi a FMC Construção Eirelli, que apresentou o menor preço.

"A obra de reforma do prédio além de zelar pelo patrimônio, visa preservar a história do município", disse o presidente da Câmara, Teimoso Campos.

Pesquisa - Além do restauro, arqueólogos estão realizando uma pesquisa no prédio histórico em busca de resquícios sobre a ocupação pré- colonial e dos séculos anteriores ao XVIII.

O serviço de arqueologia ainda está na fase inicial, pois a equipe responsável aguarda autorização do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) para realizar o trabalho.

"Nós temos certeza de que esse serviço trará informações interessantes sobre a história do município", afirma a arquiteta Fernanda Palumbo.

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