A audiência pública para Prestação de Contas do Complexo Hospitalar de São Sebastião, referente ao 2º quadrimestre deste ano, foi realizada nesta quarta-feira, 25, na Câmara Municipal, e presidida pelo vereador Reinaldo Moreira, membro da Comissão de Educação, Saúde e Promoção Social do Legislativo.

A audiência contou com a presença do vereador Elias Rodrigues, presidente da Comissão de Justiça, Legislação e Redação, do secretário de Saúde, Wilmar Ribeiro do Prado, Daniel Augusto, administrador do HCSS, Leonel Szterling, diretor técnico do hospital, e do analista estatístico, Hamilton Alonso, responsável pela apresentação dos dados.

Durante a prestação de contas, foram apresentados os dados da execução orçamentária, ações realizadas e resultados alcançados no período.

A receita total do 2º quadrimestre ficou em R$ 23.488.387.34, média de R$ 5,872.096,84, e a despesa de R$ 23.494.805,66.

Em relação aos atendimentos, houve queda em vários setores neste quadrimestre quando comparado ao segundo quadrimestre de 2018.

Segundo os dados apresentados, as internações por unidade passaram de 1.988 para 1.810, sendo que a média por mês caiu de 497 para 453. O número maior de internos é de São Sebastião e também caiu de 1.781 para 1.654.

Também, conforme foi apresentado pela equipe, diminuiu o número de partos por município de 442 para 368, sendo a maioria de São Sebastião. O número de gestantes adolescentes reduziu, neste período, de 60 para 38 e os partos por região caíram de 405 para 368.

Porém, os partos referentes à Costa Sul ainda lideram com 182 dos 368 partos nesse segundo quadrimestre.

Já, a taxa média de ocupação registrou aumento. Na clínica médica, por exemplo, passou de 89% para 136%, ou seja, 48% de aumento.

Cerca de 200 mil atendimentos - De acordo com os dados apresentados, as consultas na UPA e PA de Boiçucanga praticamente se igualaram, apesar de queda no atendimento em relação ao 2º quadrimestre de 2018.

Na UPA, o número caiu de 38.858 para 36.135. No PA de Boiçucanga, a queda foi de 37.456 para 33.451. No entanto, a direção do Hospital informou que o município, com cerca de 85 mil habitantes, atende na UPA e PA de Boiçucanga cerca de 200 mil pessoas ao ano.

Para o vereador Reinaldo Moreira, esse número deve ser considerado pelos órgãos Estadual e Federal por mostrar uma demanda maior do que a oferta. Ele destacou a importância do orçamento estar sendo bem empregado e elogiou o trabalho de todos os funcionários do Complexo Hospitalar.

O vereador Elias Rodrigues, que também parabenizou os funcionários, lembrou que o custeio é caro, mas que o atendimento melhorou bastante.

Segundo a pesquisa de satisfação feita pelo Hospital com com 120 usuários, neste segundo quadrimestre, o índice de satisfação atingiu 98% entre ótimo e bom.

Dívida e Hospital da Costa Sul - Sob intervenção desde 2007, o Hospital de Clínicas, que tem como mantenedora a Irmandade Santa Casa Coração de Jesus, possui uma dívida em torno de R$ 80 milhões, segundo Daniel Augusto, administrador do HCSS.

"Desde a intervenção, que já havia um problema financeiro com a Irmandade, a dívida vem aumentando a cada ano", afirmou.

Augusto explicou que o assunto está sendo discutido no Ministério Público e Tribunal de Contas que questionam o município, mas não foi possível chegar à uma solução que, em sua opinião, deve ser tomada junto com toda a sociedade.

Ao ser questionado sobre o andamento do processo de concorrência para construção do Hospital da Costa Sul, o secretário de Saúde, Wilmar Prado, informou que foi um processo longo, com alguns recursos interpostos por empresas participantes sendo julgados e que, a partir do momento em que isso for resolvido, será dada ordem de serviço para início da obra.

"Acredito que, em meados de outubro, o prefeito assine a ordem de serviço e a gente vai conhecer o cronograma real dessa obra com início e término", explicou o secretário.