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03/Set 2025

Presidente Edgar Celestino e João Paulo Teixeira pedem esclarecimentos sobre desvio de munições da Polícia Municipal

A Câmara Municipal de São Sebastião aprovou, na sessão desta terça-feira (2), o Requerimento nº 306/2025, de autoria do presidente da Casa, Edgar Celestino, e do vereador João Paulo Teixeira, que cobra do Executivo informações sobre o desvio de munições da Guarda Civil Municipal (GCM). As investigações ganharam repercussão após a Polícia Civil apreender mais de 3,8 mil munições na casa do ex-prefeito Felipe Augusto, sendo que 2.187 delas foram identificadas como adquiridas pela Prefeitura.

“Não pode passar em branco”, diz Celestino

O presidente Edgar Celestino, que é policial municipal e ex-comandante da GCM, destacou a gravidade da denúncia. “Esse requerimento que nós fizemos é em relação a uma denúncia muito grave que está rolando nos meios jornalísticos e também numa investigação da Polícia Civil. Então eu, como presidente da Câmara, policial municipal, ex-comandante, tenho essa responsabilidade em fazer esses questionamentos ao Executivo. É uma denúncia muito séria e não pode passar em branco”, afirmou.

Celestino também reforçou que a instituição não pode ser confundida com a conduta individual de servidores. “O meu pedido é que não seja manchada por nenhuma denúncia. Se tiver cometido crime, que essa punição seja exemplar para que nunca mais aconteça um desvio tão grave quanto esse.”

Teixeira cobra transparência no processo

O vereador João Paulo Teixeira reforçou a gravidade da situação e defendeu maior fiscalização do Legislativo. “O número exato é de 2.187 munições que se encontravam na casa do ex-prefeito e que foram compradas pela prefeitura para a GCM. É evidente que essas munições não chegaram lá sozinhas. É preciso apurar como é feito o controle, quem é o responsável pelo recebimento e armazenamento. Essa casa não pode de jeito nenhum se omitir, tem que acompanhar até que todas as respostas cheguem”, declarou.

Debate sobre a abertura de CEI

Durante a discussão, parlamentares também levantaram a possibilidade de criação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para aprofundar as apurações no âmbito legislativo. O vereador Alex Damasceno defendeu a convocação do atual comandante da GCM, que já ocupava o cargo à época dos fatos. “Acho que a convocação dele seria essencial aqui para nós”, disse.

Já Daniel Simões ponderou sobre o impacto de abrir uma CEI imediatamente, mas não descartou a medida. “O que a gente não pode é atrapalhar o serviço que já vem sendo feito pela Polícia Civil e pela Polícia Federal. Mas, dependendo das respostas, é obrigação dessa Casa sim fazer uma CEI”, afirmou.

Fiscalização e próximos passos

O requerimento foi aprovado por unanimidade. Vereadores ressaltaram a importância de separar a instituição dos atos individuais e reforçaram o compromisso do Legislativo em acompanhar de perto as investigações conduzidas pelos órgãos competentes, sem descartar medidas próprias de fiscalização, como a eventual instalação de uma CEI.

Foto: Luciano Vieira | CMSS


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